Adeus, Fonte Nova

Para quem é amante de esportes, deve está com o coração apertadinho por conta da implosão da Fonte Nova, que ocorrerá em 29 de agosto, situada no centro, ao lado do dique do Tororó, abençoada pelos orixás ali presentes, fez muito sucesso, até cair um pedaço que causou a morte da varias pessoas, em um jogo de casa cheia, com o Bahia em campo, uma loucura!
Também conhecida como estádio Otavio Mangabeira, com uma historia de longos anos, foi inaugurada em 1951, lembro das histórias contadas pelo meu irmão mais velho, que esteve lá, quando uma parte veio abaixo, parece que foi nos anos 70, ainda era pequena para compreender a dimensão do estrago, nunca esqueci, ele dizendo que só via o povo caindo, e ele só perdeu os chinelos na correria.....
Não sou saudosista, nem quero agora explorar o tema, mas preciso questionar algumas coisas, como será o nome deste novo estádio? Creio que muita gente não sabe nem quem foi Otavio Mangabeira, creio que ficará esquecido nos pedaços de concreto da implosão. A tecnologia é muito boa, terá engenheiro especialista na área, para realizar o grande feito, tomara que não estremeça as casas dos moradores do Tororó!
Fui algumas vezes na velha Fonte Nova, algumas vezes para assisti aos desfiles da primavera, ficava encantada com a imensidão das arquibancadas e do gramado, nunca esqueci o dia que desceu papai Noel, ali naquele gramado, de helicóptero, para delírio da criançada que estava ali comigo. Outra vez que fui, já adulta com meu namorado, hoje meu marido a um BA-Vi, não suportei, pois onde passava, era só fedor de urina, pois os marmanjos para não perder nenhum lance, para não dizer mal educados, urinavam em qualquer lugar, e agora me pergunto, será que não foi a urina que correu os pilares de concreto?
Tomara que façam um estádio bacana, porque os baianos ainda prestigiam aos jogos, sofrem por seus times, e não vivem só de copa, se este é o motivo para termos a realização de obras monumentais, espero que traga também, a conclusão do metrô, porque não agüento mais o engarrafamento diário do vale do Bonocô.