sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

UMA BREVE VISÃO DO EMPREGO DOMESTICO

Minhas queridas seguidoras já se deram conta de como vivemos em constante mudanças, as pessoas evoluem, crescem, inovam, nos surpreendem e com isto vamos observando como mero expectadores estas mudanças. Podem me perguntar quais mudanças? Vejam como tem profissões que são condenadas a extinção e outras estão a caminho!
Podemos afirmar que existem fatores que contribuem para tal como, a melhor distribuição de renda regional, o crescimento da economia e a escolarização da população, hoje vemos as pessoas buscando se profissionalizar! Está secando a fonte de moças que querem trabalhar em casas de família! Algumas conseguem acumular o trabalho e a escola. Ainda é forte o desejo e o sonho de melhorarem de vida.
O trabalho doméstico carrega um estigma social e uma intrínseca falta de expectativas profissionais, problemas difíceis de compensar com mero aumento de salário Conheço muita gente que prefere ganhar salário mínimo fazendo outra coisa, como vendedora, zeladora, auxiliar de serviços gerais e por ai vai......EStamos vendo uma mudança de empregada domestica para diarista!
Copiei ai embaixo na íntegra a reportagem da revista Época,onde a economista Hildete Pereira de Melo, da Universidade Federal Fluminense (UFF), que há 20 anos estuda a evolução do emprego doméstico na história do Brasil.
“O Brasil se acostumou à abundância de trabalho doméstico ao longo de quase 200 anos. Mesmo antes da abolição da escravidão, em 1888, moças de todas as raças migravam do campo para as cidades, a fim de trabalhar para famílias mais ricas, escapar da pobreza e aumentar a chance de encontrar um bom marido. Eram enredadas em relações de caráter dúbio, meio de trabalho, meio familiar, num novelo de padrinhos, madrinhas, agregados e favores. As moças recebiam normalmente abrigo e comida em troca de dar “ajuda” nos trabalhos da casa, como explica A “ajuda” virou trabalho remunerado na segunda metade do século XX. Mas esse mercado continuou dependente dos bolsões de pobreza, da desigualdade de renda entre regiões e do número de adultos sem instrução. Juntas, essas peças garantiram, até recentemente, uma oferta constante de pessoas dispostas a migrar para as capitais, morar na casa alheia e trabalhar por salários muito baixos, pequenos o bastante para caber no bolso da classe média tradicional. Mas o arranjo faz com que a economia funcione abaixo do grau de eficiência com que poderia. Uma parcela grande demais de mulheres (17% das que trabalham) se dedica ao serviço doméstico remunerado. Ele pode parecer precioso para quem conta com uma empregada eficiente e de confiança, mas produz pouco para a sociedade, não incentiva o estudo (também por causa das jornadas de trabalho imprevisíveis) e tolera a informalidade – não paga impostos nem forma poupança para a aposentadoria de quem trabalha. Trata-se de uma estrutura danosa para a economia. Nos últimos anos, ela começou a ruir.”
Enfim queridas seguidoras quem tem suas domesticas que saibam cuidar, por que elas querem melhorias....

2 comentários:

  1. As empregadas domésticas precisam ganhar mais ou melhor todos os trabalhadores merecem condições de vida melhor

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  2. OLÁ
    BELO TEXTO SOBRE A SITUAÇÃO DAS EMPREGADAS, MAS APENAS PARA COMPLEMENTAR NÃO SÓ ELAS MAS TODOS TRBALHADORES MERECEM MAIS RESPEITO E DIGNIDADE, PQ NÃO É JUSTO UNS COM TANTOS E OUTROS SEM NADA, MAS ESTE É O PERFIL DO NOSSO ARCAICO PAÍS QUE AINDA HJ SEGUE O SISTEMA COLONIAL EM TODOS ASPECTOS DA SOCIEDADE.
    PARABENS PELA PESQUISA, GOSTEI MUITO MESMO!!!!
    VALEU!!!

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